Ervas Medicinais utilizadas pela cultura afro
Comigo- ninguém-pode
As
plantas estão presentes no nosso dia-a-dia de diversas maneiras, a
exemplo da culinária, medicamentos, decoração de ruas e casas. Porém,
nem todas as plantas são inofensivas para o ser humano. Algumas plantas
ornamentais encontradas em jardins, residências ou praças, quando
manipuladas de forma incorreta ou ingeridas, podem causar graves
acidentes, gerando um expressivo número de intoxicações e de mortes de
crianças, adultos e animais que ingeriram plantas tóxicas.Nesse grupo, uma planta que merece papel de destaque é aDieffenbachia sp, responsável por causar o maior número de casos de intoxicações registrados por plantas ornamentais.Dieffenbachia sp
pertence à família das Aráceas, é popularmente conhecida no Brasil
como “aningá-do-Pará”ou “comigo-ninguém-pode”, sugerindo pelo próprio
nome popular sua toxicidade. A planta comigo-ninguém-pode é originária
da América do Sul, pertencente à floresta Amazônica. É uma planta
resistente, possui porte regular (dois metros), apresenta folhas
grandes, vistosas e com manchas esbranquiçadas de vários aspectos.A
comigo-ninguém-pode é usada popularmente para “afastar mau-olhado”,
pois se acredita que a planta absorva energias negativas do ambiente. Em
relatos antigos de alguns países, como nos EUA, seu nome popular era “dumb cane”
(cana do mudo), em virtude da toxicidade dessa planta causar inchaço de
lábios, boca e língua, incapacitando a pessoa de falar por alguns
dias. As propriedades tóxicas da Dieffenbachia sp
decorrem por diversos mecanismos, principalmente relacionados à
existência, em seu caule, folhas e látex, de cristais de oxalato de
cálcio em formato de agulhas (ráfides), utilizados para a proteção da
planta. Esses cristais têm uma ação mecânica irritante na pele e
mucosas. Os sintomas principais ao contato são manifestações alérgicas,
principalmente nos olhos, com sensibilidade a luz, lacrimejamento e
irritação. No caso de ingestão alguns dos sintomas são: náusea,
salivação, vômito, diarreia e asfixia pela obstrução das vias aéreas,
devido à irritação, podendo causar morte. O contato com a pele (ráfides)
pode causar inchaço e até queimaduras e erupções com bolhas.Devido
ao fácil acesso a essa planta dentro de casa, crianças e animais são as
principais vítimas. A toxicidade da comigo-ninguém-pode é apenas um
exemplo entre muitas outras plantas. O conhecimento sobre a toxicidade
das plantas possibilita um maior e melhor uso das plantas ornamentais e
contribui com a prevenção de intoxicações.
Guiné, a arma botânica dos escravos
Essa planta dá o que falar. Conhecida e utilizada por muitos povos, ela
recebe diversas denominações: tipi, pipi, erva-de-guiné,raiz-de-gambá,
pipiu. Apesar dos vários nomes, o uso é muitas vezes único: escudo
mágico para fechar o corpo contra malefícios. O cheiro forte de alho que
a planta exala inspirou o seu nome cientifico: Petiveria alliaceae.
Utilizado na medicina popular, o guiné sempre é manuseado com cuidado,
pois é uma planta muito tóxica. A raiz, segundo Sangirardi Jr (1984),
pode provocar superexcitação, insônia, alucinações e, posteriormente,
levar a lesões cerebrais, convulsões tetaniformes, mudez por paralisia
da laringe e finalmente a morte. Esses sintomas foram verificados nos
efeitos do "amansa-senhor", beberagem preparada pelos escravos com as
raízes da planta. Servido pela mucama em alimentos líquidos, o guiné
levava o "senhor" à demência ou à morte, também devido à propriedade
hipoglicemiante da planta. Uma arma botânica contra a tirania dos
escravocratas.
Planta Arruda
A espécie Ruta graveolens, popularmente conhecida por Arruda,
pertence à família Rutaceae e ao gênero Ruta. Em alguns lugares recebe
outras denominações, tais como: arruda-fedida ou arruda-dos-jardins. Não
por acaso este último está relacionado diretamente à prática de
cultivar arruda em
jardins, hábito cultural muito difundido mundialmente.Segundo
a sabedoria popular, ratificada por estudos científicos, esta planta é
bastante utilizada em mulheres que precisam regular seu ciclo menstrual,
já que ela estimula o útero e provoca o sangramento menstrual.
Infelizmente, por causa deste efeito, é muito usada também para fins
abortivos, que no caso dos escravos, eles a usavam com o intuito
abortivo, pois as mulheres não queriam ter um filho escravo. Outro uso
seria no combate à conjuntivite, apenas macerando as folhas acrescidas
posteriormente de água mineral (pode ter sido fervida, mas precisa estar
em temperatura natural) e aplicar sobre os olhos fechados um algodão
encharcado neste líquido. Fazer esta operação durante algumas vezes por
dia. As
folhas da arruda são indicadas para a elaboração de chás calmantes. As
crendices se misturam aos saberes populares, e uma delas diz que se deve
manter um punhado de galhos de arruda no ambiente para espantar os
espíritos ruins ou ainda usar um galho atrás da orelha para combater o
mau olhado. Os
prováveis constituintes presentes na arruda são: óleo essencial (1%),
flavonóides (1-2%), metilnonilcetona (88%). Os outros 15% se dividem em
furacumarinas, alcalóides e taninos. Sendo que de tudo o que se encontra
nesta planta, a substância rutina é a mais importante, pois é responsável por conferir resistência aos vasos sanguíneos, sua principal característica.
Algumas contra-indicações ficam por conta o tempo de tratamento. Se
consumida por muito tempo, os riscos de ocorrer uma lesão no fígado ou
uma inflamação nos rins são altos. Também não se deve oferecer arruda às
crianças menores de seis anos. Evitar o uso por grávidas. A origem da
arruda ainda não foi bem definida. Mas o que se sabe é que provavelmente
é oriunda dos Bálcãs e deve ter chegado ao Brasil por meio dos
portugueses.
onde eu posso compra umas folhas dessas pra apronta com um filho da puta que sempre fica me enchendo o saco no trabalho?
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